Maguila, ícone do boxe brasileiro, faleceu nesta quinta-feira (24) aos 66 anos, em decorrência de complicações da encefalopatia traumática crônica (ETC), também conhecida como "demência do pugilista". Ele deixa três filhos e sua esposa, Irani Pinheiro, com quem ocorre grande parte de sua vida.
A trajetória de Maguila e Irani A história de amor começou na feira livre da Ponte Rasa, em São Paulo, quando o sergipano, aos 25 anos, insistiu em oferecer pastéis a Irani, que tinha apenas 17 anos na época e era professora de datilografia. Ela resistiu, mas a persistência de Maguila acabou conquistando seu coração.
Maguila e Irani enfrentaram enormes desafios para ficarem juntos, lidando de perto com o preconceito contra o relacionamento deles. O pai de Irani não aceitou o namoro, expressando forte resistência por conta de suas visões racistas. "O velho era racista e não queria que a Irani casasse com um negão feio como eu", revelou Maguila em sua biografia "Maguila - A Saga De Um Cabra Macho Campeão" , escrita por Carlos Alencar e lançada em 1997. A oposição chegou ao ponto de o sogro ameaçar o lutador com uma arma. Mesmo assim, eles persistiram e acabaram se casando em uma fazenda, onde fizeram uma entrada de charrete para celebrar sua união.
"Não foi fácil [conquistar a Irani]. Mas para mim o que é difícil é que é bom. Precisava arrumar uma namorada e demorei um ano para ganhar a Irani. Foi a luta mais difícil da minha vida, até porque ela é uma pessoa mais estudada e educada que eu"
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